O piloto iguaçuense Márcio Bortolini, atual campeão do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade – SuperBike Brasil 1000cc Light, poderá abandonar as pistas este ano por falta de patrocínio.
Os contratos de patrocínio encerraram em dezembro e não foram renovados para a temporada de 2019. “Não é um esporte barato. Precisamos da moto sempre competitiva e recursos para as viagens”, contou.
Mas mesmo sem apoio financeiro, Bortolini disputará a primeira etapa da temporada este final de semana em São Paulo. A prova será neste domingo, 24, no Autódromo de Interlagos.
“Reuni recursos próprios e de alguns amigos para competir. Mas será difícil seguir na disputa”, disse.
Este ano, Bortolini correrá em outra categoria, 1000cc EVO. “Devido aos resultados de 2018 no 1000cc Light, subi de categoria. Quero disputar o campeonato e trazer mais um troféu de campeão para Foz do Iguaçu”, disse o piloto.
Para ser campeão na SuperBike Light entre as motos de 1000cc em 2018, Bortolini venceu nove das 11 corridas.
A trajetória
De tratorista a campeão de motovelocidade. Bortolini trabalhava com o pai na fazenda em Foz do Iguaçu, mas em 2006, aos 22 anos, começou a correr. Venceu todas as corridas das quais participou nas categorias 125 cc e 150 cc.
Em 2008, disputou, na categoria 250 cc, o Campeonato Brasileiro em Interlagos. Também participou de outras provas no Paraná e ganhou algumas medalhas.
Depois de alguns anos sem correr justamente por falta de patrocínio, em dezembro de 2014 disputou a última etapa do Moto 1000 GP Petrobras no Campeonato Brasileiro de Motovelocidade. Entre as 19 motos que participaram, terminou a prova na nona colocação.
Em 2015, voltou às pistas. Logo em sua primeira prova, na 2ª etapa da temporada, em Cascavel, como diz na gíria automobilística ele fez barba, cabelo e bigode. Márcio foi o melhor entre os 15 pilotos nos treinos; fez a pole, esteve primeiro nas 20 voltas do circuito – considerado um dos mais rápidos do Brasil -, e venceu a prova.
Ao longo das outras seis provas que participou, Bortolini conquistou outros dois pódios. Em julho, em Campo Grande, chegou em terceiro lugar e na sexta etapa, em Goiânia, repetiu o feito assim como em Curitiba. Em três etapas, o piloto iguaçuense liderava as corridas, mas por problemas na moto, abandonou as pistas.
Com os resultados de 2015, Bortolini conseguiu patrocínio e passou a fazer parte da equipe Honda.
Em 2016, Bortolini foi vice-campeão no Camponato Brasileiro de motovelocidade, na categoria 600 SuperSport ProAM. Poderia ter levado o título, mas uma queda o tirou da última prova.
Em 2017, mesmo sem patrocínio, o piloto iguaçuense disputou três etapas do campeonato. Ficou em terceiro lugar nas três provas.