Antes mesmo dos portões do Ecomuseu de Itaipu se abrirem na tarde do último sábado, 01º, centenas de crianças, adolescentes e adultos de Foz do Iguaçu e de municípios vizinhos já aguardavam na fila para participar da 3ª edição do “Ocupe o Museu”, iniciativa que abre o espaço à comunidade com uma série de atrações. O sucesso foi tão grande que em 2019 haverá duas edições do evento. A primeira deve ocorrer já no primeiro trimestre. Até então, a atividade vinha sendo promovida uma vez ao ano, desde 2016.
Das 16h, momento em que as portas foram abertas, até o fechamento às 20h20, 1.585 pessoas ocuparam as instalações do Ecomuseu. O número é quase 60% superior ao da última edição, em 2017. Na ocasião, foram mil participantes.
“Nosso objetivo foi cumprido. Acredito que conseguimos aproximar a comunidade do espaço, ideia que motivou a criação do evento em 2016”, afirmou a gerente da Divisão de Educação Ambiental (MAPE.CD) de Itaipu, Leila Alberton. Neste ano, a atividade celebrou os 31 anos do museu, completados em outubro.
A impressão da gerente é que o público “saiu encantado” com o evento. Segundo Leila, várias pessoas pediram mais uma edição. “Muita gente disse que vai retornar em breve ao museu, só para visita”, disse Leila, que celebrou o resultado, juntamente com a equipe do Ecomuseu.
Diversão garantida
Depois que passaram pelos portões, em clima de muita alegria e diversão, o público parecia não se importar se estava ali pela primeira ou terceira vez. Todos queriam aproveitar as mais de 20 atividades disponíveis. As atrações abarcaram todas as idades.
Logo na entrada a Trupe Luz da Lua apresentava o espetáculo “Todo dia é dia de Circo”, com palhaços, malabares, música ao vivo, monociclos, acrobacias e tecido acrobático.
Poucos passos depois, o Ocupe o Museu tinha muito mais: oficinas de bonecos, pintura em papel kraft, yoga e horta, exposições, contação de histórias e distribuição de picolés, algodão doce e pipoca. Bem perto, havia uma feirinha de produtos orgânicos.
Joaquim Aparecido, que trabalha no restaurante da usina desde 1977, já tinha visitado o espaço várias vezes, mas no último sábado o passeio teve um gostinho a mais. Ele aproveitou o dia ensolarado para se divertir com o filho Gabriel, de cinco anos, para brincar em família. “Esse é a minha ‘raspinha’ do tacho. Ele está adorando. E eu também, claro”, afirmou.
Moradora de Foz do Iguaçu, Letícia Queiroz levou o filho Leonardo, de seis anos, para aproveitar a programação. “Eu gostei de pular corda, do picolé, mas adorei, o Sansão”, disse o garoto. Sansão é o nome dado a um dos caminhões usados na construção da usina e que hoje faz parte do acervo do Ecomuseu.
Infantil
Apesar da alegria presente nos jardins do Ecomuseu, uma das salas mais encantadoras estava no interior do atrativo. Dentro do museu foi montado um espaço destinado às crianças de até três anos. Com muita cor, desenhos e brinquedos, os bebês podiam explorar sensações e texturas no ambiente.
Enquanto os irmãos mais velhos Lucas, de 10 anos, e Pedro, de seis anos, divertiam-se nas oficinas de pintura e circo, a pequena Ester, de dois anos, ocupou o espaço baby. As crianças são filhas do colega Rodrigo Luiz Junges, da Segurança Empresarial de Itaipu. “Trouxe meus três filhos e todos estão se divertindo! Cada um a sua maneira”, disse o pai.
Exposições
Além das atividades culturais, os ocupantes puderam visitar três exposições: “Poesia do movimento mecânico”, de Du Salzane; “Aovyta”, patrimônio têxtil do acervo do Museu de Itaipu Tierra Guaraní (PY); e “Sway”, de Lucas Cristalvo, que também podem ser vistas fora do calendário do evento. Para moradores de Foz do Iguaçu e municípios vizinhos, a entrada no Ecomuseu é de graça. O atendimento turístico é de terça a domingo.