Os revendedores de gás de cozinha vão participar de uma reunião com o Ministério Público para discutir as irregularidades na venda de GLP em Foz do Iguaçu. O encontro vai ser quarta-feira (26/09), às 14 horas, no plenário do Tribunal do Júri, no Fórum do município.
O comércio de botijões por vendedores clandestinos é um problema na fronteira. Além da concorrência desleal com os comerciantes que seguem as normas da Agência Nacional de Petróleo e as legislações estadual e municipal, esse tipo de negócio irregular oferece risco à segurança dos consumidores. Diante desta situação, o Sinegás, que representa as revendas legais do produto em 229 municípios do interior do Estado, prestou informações ao Ministério Público e à Justiça sobre várias irregularidades verificadas na comercialização em Foz do Iguaçu.
Segundo a presidente do sindicato, Sandra Ruiz, a Promotoria decidiu convocar os revendedores para uma reunião para entender como está o mercado e para alertar sobre as consequências legais para quem revende gás de cozinha sem autorização da ANP. “O objetivo do sindicato é fazer ações planejadas para orientar e defender os empresários do setor. Por isso, quando recebemos denúncias de irregularidades temos a obrigação de encaminhar para os órgãos de fiscalização, como ANP e Ministério Público. Não podemos nos omitir diante de situações que não estão de acordo com a regulamentação”, ressaltou Sandra Ruiz.
A combinação de alguns fatores, como o mercado ilegal, as alta sucessivas por causa da política de preços adotada pela Petrobrás, os reajustes salariais, os aumentos no óleo diesel e na gasolina têm inviabilizado o negócio e se tornou o principal motivo para a falência das revendedoras. Tanto que em um ano cerca de 628 empresas do setor fecharam as portas no Paraná, sendo 50 delas em Foz do Iguaçu. “As revendas estão sufocadas. O mercado é muito concorrido e as empresas sempre têm a dificuldade de repassar os reajustes ao preço final. Isso coloca em risco a situação financeira da empresa e muitas acabam partindo para a informalidade. Um outro problema é a concorrência com os piratas, que vendem o produto por um preço menor. É que eles não pagam impostos e nem respeitam qualquer norma de segurança da Agência Nacional de Petróleo”, pontuou Sandra Ruiz.