Estão abertas as inscrições para o projeto de extensão da UNILA intitulado “Reestruturação urbana e social de Foz do Iguaçu: mapeamentos e debates”. Podem participar da ação moradores, lideranças comunitárias, estudantes, pesquisadores, técnico-administrativos e professores interessados na temática.
Os interessados em integrar-se a equipe do projeto devem realizar inscrição até 15 de fevereiro, enviando um e-mail para cecilia.angileli@unila.edu.br com as seguintes informações: nome, idade, telefone de contato e motivo de interesse.
Foto:Rafael Guimarães / Clickfoz |
UNILA abre inscrições para projeto de mapeamento da reestruturação urbana e social da fronteira |
A proposta é identificar e mapear, em Foz do Iguaçu, regiões e grupos de grande vulnerabilidade socioambiental (impactados por remoções involuntárias decorrentes da implantação de grandes projetos urbanos), em áreas de concentração de favelas, loteamentos irregulares, além de ocupações.
“Espera-se dimensionar os reais impactos da transformação urbana em cadeia que envolve mais de 30 grandes projetos urbanos, questionando análises subestimadas que apresentam pontualmente esses impactos, em especial os relacionados ao deslocamento populacional”, explica a professora de Arquitetura e Urbanismo da UNILA e coordenadora do projeto, Cecilia Angileli.
Projeto – O projeto tem como objetivo organizar um banco de dados online, com o mapeamento dos projetos urbanos previstos sobreposto à cartografia de ocupações irregulares da cidade. E, ainda, pretende lançar bases para a constituição de uma “Escola Popular de Planejamento da Cidade”, espaço onde poderão ser desenvolvidos debates e ações sobre deslocamentos populacionais e os direitos das populações atingidas.
Além disso, a iniciativa visa, segundo a docente, “subsidiar comunidades afetadas, bem como organizações de direitos humanos da cidade com ferramentas de conhecimento e análise da situação, fortalecendo, assim, um processo emancipatório e de defesa do Direita à Moradia”.
As ações do projeto serão desenvolvidas, inicialmente, no período entre fevereiro e dezembro, com encontros quinzenais. O projeto integra o Observatório de Remoções, uma rede de pesquisa e ação sobre remoções de moradia, composta por pesquisadores da UNILA, da Universidade Federal do ABC (UFABC) e da Universidade de São Paulo (USP).