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Projeto prevê inclusão de áreas da Itaipu em Reserva da Biosfera da Unesco

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Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

As ações de preservação ambiental da Itaipu Binacional na margem brasileira do reservatório devem ganhar um novo reconhecimento nesta semana, quando as áreas protegidas pela empresa passarão a ser consideradas como potenciais zonas-núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, a exemplo das florestas da binacional no lado paraguaio. A segunda etapa, de validação do processo, deve ocorrer em setembro pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A mudança de status faz parte da 26ª Reunião do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CN-RBMA) e da 18ª Assembleia Geral do Instituto Amigos da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (IA-RBMA), que acontecem no Centro de Treinamento da Itaipu, nesta quarta, 22, e quinta-feira, 23. 

A binacional recebe ainda nesta semana o Seminário Internacional Corredores Ecológicos e Conectividade de Paisagem, que será realizado no auditório do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), com abertura nesta quinta-feira, às 20 horas, e programação até sábado, 25, quando um grupo de 40 pessoas participará de uma visita técnica à faixa de proteção do reservatório. Todos os encontros devem reunir mais de 150 pessoas.

Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Os eventos na Itaipu também devem discutir outros temas alusivos à binacional, além da inclusão das áreas da margem esquerda como zonas-núcleo da Reserva de Biosfera. Estão previstas a criação da Unidade de Gestão Descentralizada da Itaipu (UGD/Itaipu), a inclusão do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV) como posto avançado e a concessão à hidrelétrica do selo “Empresa Amiga da Mata Atlântica”. Na abertura do seminário “Corredores Ecológicos e Conectividade de Paisagens” também deverá ser apresentado o novo filme do RBV. 

As reuniões do CN-RBMA são realizadas dentro do contexto de revisão periódica e da Fase 7 da RBMA. As revisões são um processo mandatório do Programa MAB/Unesco em que o governo brasileiro tem o compromisso de enviar, a cada dez anos, um formulário sobre a evolução dos trabalhos, desafios e perspectivas de cada uma das Reservas da Biosfera brasileiras. As revisões periódicas são aprovadas pela Unesco em Paris. No caso da RBMA, essas revisões foram feitas em seis fases, entre 1991 e 2008. 

Devem participar da abertura do seminário o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, José Pedro de Oliveira Costa; o diretor de Coordenação da Itaipu, Newton Luiz Kaminski; a diretora da Unesco Montevidéu, Lidia Brito; a coordenadora do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) pelo Banco Mundial, Adriana Moreira; e o presidente do CN-RBMA, Clayton Ferreira Lino, entre outras autoridades.

Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Reserva da Biosfera

Atualmente, as florestas protegidas pela Itaipu no Brasil são classificadas como áreas de transição. Com a mudança, elas passam a estar integradas à Reserva da Biosfera da Itaipu no Paraguai (assim titulada em 2017 pela Unesco), formando assim um grande mosaico de áreas de conservação ambiental na região. Além de dar maior visibilidade internacional às ações de conservação da Itaipu (como os corredores ecológicos do Rio Paraná e Santa Maria), a mudança permitirá um maior intercâmbio científico entre a empresa e demais áreas que fazem parte do programa O Homem e a Biosfera (MAB, na sigla em inglês) em todo o mundo.

A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica é a maior de toda rede mundial do programa MAB, da Unesco. Com 78 milhões de hectares, a reserva abarca áreas em 17 estados brasileiros onde ocorre o bioma da Mata Atlântica, formando um grande corredor ecológico entre o Piauí e Rio Grande do Sul, ao longo da costa brasileira, e também em partes dos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.

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