O Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e a Itaipu Binacional inauguraram na manhã ontem, 16, dentro da área do parque, em Foz do Iguaçu (PR), a Ecovila, uma minicidade destinada a atividades pedagógicas para alunos do ensino fundamental.
O espaço tem 1.400 metros quadrados e concentra, em menor escala, tudo o que uma cidade tem: hospital, escola, posto de polícia, posto de combustível, além de ruas e avenidas sinalizadas, inclusive com semáforos funcionando.
A novidade fará parte do roteiro de atividades do programa Estação Ciência, do PTI, que promove a iniciação científica desde o ensino fundamental.
A inauguração da minicidade foi feita pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, Marcos Stamm, e pelo diretor superintendente do PTI, Jorge Callado, que descerraram a fita ao lado de alunos da Escola Municipal Jorge Amado, do bairro Cidade Nova – uma das comunidades mais carentes de Foz do Iguaçu.
Também participaram da cerimônia os diretores de Itaipu Mauro Corbellini (técnico), João Pereira dos Santos (administrativo) e Mario Antonio Cecato (financeiro executivo) e a diretora de Ensino Fundamental, da Secretaria de Educação de Foz do Iguaçu, Eliziane Diesel Rodrigues – entre outras autoridades.
Marcos Stamm lembrou que a ideia da Ecovila nasceu dentro da Diretoria Financeira, a partir de discussões do Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde (GT Itaipu-Saúde), e será muito importante para a formação das crianças. “É um projeto pioneiro e inovador, que nos enche de orgulho”, afirmou. A construção foi viabilizada por convênio celebrado entre Itaipu e PTI.
O gerente da Estação Ciências, Willbur de Souza, disse que a Ecovila vai permitir ao aluno associar o conteúdo do currículo escolar com a vida de uma cidade, especialmente em questões relativas à sustentabilidade – como saneamento, coleta seletiva, energias renováveis, mobilidade, usos múltiplos da água, entre outros.
“Em um dos nossos espaços nós temos uma exposição sobre os diferentes tipos de lixo”, exemplificou. “Depois, poderemos provocar os alunos a recolher e separar o lixo na Ecovila. Ou seja, fazer com que eles coloquem a mão na massa.”
Carrinhos movidos a energia solar e com células de hidrogênio também poderão ajudar as crianças a compreender o que são as energias renováveis e os diferentes tipos de combustível – outro eixo trabalhado no Estação Ciências. “A minicidade tem conceito de uso múltiplo”.
A professora Rosângela Guerra, da escola Jorge Amado, elogiou a iniciativa. “Aqui os alunos conseguem visualizar e entender melhor como funciona uma cidade. Até porque, na idade deles, 7 ou 8 anos, a abstração ainda é baixa. E essa parte da vivência produz um aprendizado muito maior e significativo para a vida deles.”
A capacidade de atendimento da Estação Ciências é de 30 crianças por período. De janeiro até agora, já passaram pelo local cerca de 3 mil alunos; a meta é fechar o ano com pelo menos 4.500 visitas. Informações e reservas pelo e-mail ciencia@pti.org.br. Até outubro a agenda já está lotada.