Foto: Assessoria |
Acadêmicos de todos os cursos agora poderão optar por estas duas disciplinas |
O curso de Letras – Artes e Mediação Cultural é um importante promotor deste contexto, contemplando em sua grade curricular a disciplina de Guarani, de modo obrigatório, e abrindo espaço para o ensino de outras línguas – como alemão, francês e inglês -, de maneira optativa.
Em 2015, pela primeira vez, serão oferecidas as disciplinas de Quéchua (língua indígena falada amplamente em países andinos como Peru, Bolívia e Equador) e de Guarani (língua oficial do Paraguai e do Parlamento do Mercosul) como optativas a acadêmicos de todos os cursos e semestres, mesmo aqueles ingressantes.
O professor Mario Ramão Villalva Filho, coordenador do curso de Letras – Artes e Mediação Cultural é também o primeiro professor de Guarani da Unila, disciplina que ministra desde 2012. Segundo ele, este processo de reconhecimento da importância e do valor das línguas indígenas, bem como a ampliação do acesso a esses idiomas, passa por um segundo momento. "Este processo de valorização da diversidade linguística foi iniciado com o Guarani e será ampliado com o Quéchua. Pretendemos, ainda, avançar com outras línguas indígenas, como o Aymará, falado, principalmente, na Bolívia e Peru", disse.
Já a disciplina de Quéchua será de responsabilidade do professor Ladislao Landa Vásquez. O docente é vinculado à Universidad Nacional Mayor de San Marcos (UNMSM), do Peru, e está como professor visitante na Unila.
Extensão – Desde o início das atividades, a Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) apoia ações extensionistas que visam o ensino de línguas a públicos diversos. Dentre as ações, destaque para os cursos de guarani, espanhol, francês, inglês, alemão e português, ofertados, sempre gratuitamente, à comunidade interessada. Para conferir os cursos de extensão que estão com inscrições abertas, clique aqui.
Haiti – Neste ano, a Unila receberá um grande grupo de estudantes do Haiti – país que teve o sistema educativo destruído por um terremoto de grandes proporções, em 2010. Com isso, há a necessidade do desenvolvimento de um processo comunicativo entre falantes de português, espanhol e creole (língua principal do Haiti, que tem como base o francês).
Segundo a professora de Línguas e chefe da Seção de Mobilidade da Pró-Reitoria de Relações Institucionais e Internacionais (PROINT), Jorgelina Tallei, caberá a cada estudante optar pelo idioma que irá cursar e procurará desenvolver. "Poderão optar pelo português ou espanhol e realizar cursos como atividade extraclasse. Em contrapartida, trarão para a comunidade a sua própria língua, ampliando, ainda mais, a diversidade linguística do nosso contexto", pontuou.