Search
Previous slide
Next slide

Vianna se despede de Itaipu com anúncio de investimentos de R$ 400 milhões

Previous slide
Next slide
Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

No último ato oficial do diretor-geral brasileiro, Luiz Fernando Leone Vianna, a Itaipu Binacional anunciou nesta quarta-feira, 04, o investimento de mais R$ 80 milhões em um pacote de ações e programas voltados para a região Oeste do Paraná. Somando aos recursos anunciados no fim de 2017, o aporte financeiro da Itaipu na região, para os próximos três anos, chegam a quase R$ 400 milhões.

A cerimônia teve a participação do presidente da Copel, Antonio Sergio Guetter; do diretor superintendente do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Ramiro Wahrhaftig; do presidente da Associação dos Municípios do Paraná (Amop) e prefeito de Maripá, Anderson Bento Maria – entre outras autoridades, como prefeitos da região, secretários municipais e diretores de Itaipu.

Foram assinados acordos nas áreas de mobilidade elétrica, infraestrutura, energias renováveis, adequação de estradas, recuperação de parques, coleta seletiva, moradia popular e gestão por bacias hidrográficas, com prazo de até 36 meses para conclusão dos projetos.

Vianna deixa a empresa nesta semana, para atender a um convite da iniciativa privada. Falando a prefeitos da região, ele fez um balanço dos 12 meses que ficou à frente da binacional e se emocionou ao lembrar do pai, Clóvis Cunha Vianna, já falecido, que foi prefeito de Foz do Iguaçu de 1974 a 1984. “Tenho certeza de que, se estivesse aqui, meu pai ficaria muito orgulhoso de mim, de vocês e do Oeste do Paraná”, disse. Foi aplaudido de pé.

O presidente da Amop, Anderson Bento Maria, e o ex-presidente da entidade Rineu Menoncin, o Teixeirinha, prefeito de Matelândia, entregaram ao diretor-geral brasileiro uma placa agradecendo o apoio de Itaipu aos municípios da região. Na gestão de Vianna, o número de municípios com investimentos da empresa passou de 29 para 54.

“Vianna abriu as portas da Itaipu, trazendo mais desenvolvimento e transformando nossas cidades em um imenso canteiro de obras. Não tenho conhecimento de tanto investimento na região. São investimentos nunca vistos”, destacou Anderson Maria. “O que vocês estão fazendo para os municípios da região é algo que vai ficar na história”, completou Chico Brasileiro, prefeito de Foz do Iguaçu.

O diretor-geral brasileiro também foi homenageado pelos diretores de Coordenação, Newton Kaminski, e técnico, Mauro Corbellini. “Em nome dos diretores [de Itaipu], gostaria de dizer que você foi um grande amigo, um grande diretor-geral e conduziu o período [em que esteve à frente da empresa] com grande qualidade”, declarou Corbellini.

Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Parcerias

Um dos convênios assinados nesta quarta-feira, em parceria com a Copel, prevê a instalação de projetos de geração distribuída integrados ao conceito de microgrids. São redes de energia que podem operar conectadas ao sistema elétrico (com compensação de tarifa) ou de forma independente, funcionando como uma espécie de nobreak para os consumidores do ramal em situações de falta de energia.

Outro convênio entre Itaipu e a Copel, na área de mobilidade sustentável, irá viabilizar a primeira eletrovia do País. Serão instalados postos de abastecimento de veículo elétrico (chamados de eletropostos) em um trecho de 700 quilômetros na BR-277, entre Foz do Iguaçu e Paranaguá. Os dois primeiros eletropostos já estão em operação em Curitiba e Paranaguá.

A Itaipu também assinou com municípios da região convênios, termos de compromisso e planos de trabalho voltados para a gestão por bacia hidrográfica, com atividades de conservação, uso e manejo de água e de solo, educação e preservação ambiental, piscicultura, coleta solidária, turismo regional – entre outras ações.

A cerimônia também serviu para formalizar os compromissos para a construção de moradia popular em 16 municípios lindeiros ao Lago de Itaipu. No total, serão construídas 320 casas (20 casas em cada município), com investimento previsto de R$ 10 milhões. A parceria é entre Itaipu e o governo do Estado.

“Está dentro da nossa missão o desenvolvimento dos municípios que, de alguma forma, foram afetados pela construção da empresa”, observou Vianna. “Também é importante ressaltar, dentro dos convênios que estamos assinando, o cuidado com o nosso reservatório. É no nosso reservatório que acumulamos a nossa matéria-prima, a água, que gera toda essa energia de Itaipu”, completou.

Newton Kaminski lembrou que o planejamento começou em 2017, com a ampliação do número de municípios atendidos na região (de 29 para 54) e a assinatura dos primeiros convênios, em dezembro. “Estamos avançando cada vez mais no atendimento da nossa missão, no desenvolvimento regional, na segurança hídrica, e não vamos parar por aí. Ainda temos uma série de outros programas e projetos para serem lançados até meados deste ano.”

Microgrid

O projeto de geração distribuída integrada ao conceito de microgrids, em parceria com a Copel, tem o objetivo de melhorar a qualidade e a disponibilidade de energia na zona rural, tendo como base fontes renováveis, como o biogás.

Um piloto do projeto será instalado na Granja Colombari, em São Miguel do Iguaçu, que já dispõe de uma planta de biogás com biodigestores. A matéria-prima são os dejetos da produção de suínos. A expectativa é que o sistema comece a operar ainda no segundo semestre deste ano.

O superintendente de Smart Grid e Projetos Especiais da Copel, Julio Omori, disse que a geração na planta piloto na Granja Colombari será de 150 kVA – suficiente para abastecer até 8 consumidores agroindustriais, que é o perfil da vizinhança.

“A escala é pequena, por enquanto, mas caminhamos para atender outras plantas de tamanho maior. Há potencial para adaptarmos plantas com até 1 megawatt de energia, capazes de atender até 800 consumidores em cada ilha”, explicou.

De acordo com Itaipu, o projeto deve ser estendido para outros municípios da região, com plantas de produção de energia previstas para Marechal Cândido Rondon, Toledo, Santa Helena e Itaipulândia.

“As microgrids funcionam como um suporte a mais em casos de contingenciamento, já que são uma espécie de área de confiabilidade, em que o conjunto de suas instalações pode ficar inerte à rede e continuar alimentando um conjunto de clientes enquanto a rede principal é reparada”, completou o presidente da Copel, Antonio Guetter.

Previous slide
Next slide