Na manhã desta terça-feira, 16, a Delegacia da Polícia Federal de Iguaçu deflagrou a operação “Renitência”, oitava fase da operação “Pecúlio”, visando desarticular a uma suposta organização criminosa que se dedicaria ao desvio de recursos públicos.
As investigações, realizadas em conjunto com o Ministério Público Federal, apontam que tal organização seria chefiada por um dos vereadores da atual legislatura da Câmara Municipal da cidade, e contaria com pelo menos um servidor da Fundação Municipal da Saúde que estaria agindo de forma a direcionar contratações públicas. O vereador em questão é o Dr. Brito (PEN). O parlamentar está preso preventivamente. A prisão preventiva tem prazo de 30 dias e pode ser prorrogada.
Também foram detectados indícios de que laudos de exames de diagnóstico, em especial produzidos no Hospital Municipal Padre Germano Lauck, seriam elaborados por pessoa não habilitada, gerando risco potencial à saúde de pacientes.
Policiais Federais estão dando cumprimento a 6 (seis) mandados de prisão, sendo 3 (três) prisões preventivas e 3 (três) prisões temporárias, bem como a 12 (doze) mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 3ª Vara Federal de Foz do Iguaçu.
A operação recebeu o nome “Renitência” em razão da obstinação de alguns agentes públicos em se valerem do cargo exercido para cometer ilícitos penais, ainda mais depois das ações repressivas do Estado quanto às condutas descortinadas nas fases anteriores da “Operação Pecúlio”.