Na contramão do Brasil, onde a taxa de homicídios cresceu 20,1% entre 2010 e 2015, em Foz do Iguaçu houve uma queda de 50,2% no mesmo período, segundo o Atlas da Violência 2017, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Em 2015, Foz do Iguaçu registrou a taxa de 45,9 pessoas vítimas de homicídio a cada 100 mil habitantes, enquanto em 2010 era de 92,2 homicídios a cada 100 mil. Naquele ano, Foz foi o 12º município mais violento do Brasil. Foi, também, o município brasileiro com o maior número de assassinatos de jovens entre 15 e 24 anos. Nesta nova edição do Atlas da Violência, Foz do Iguaçu aparece em 107º lugar.
A queda no número de assassinatos vem ocorrendo ano a ano. Já em 2012, Foz do Iguaçu apareceu na 50ª posição, com a taxa de 70,4 homicídios por 100 mil habitantes, e diminuiu consideravelmente a mortandade de jovens.
A cidade está melhor que a média do Paraná, que aparece como o segundo Estado com a maior redução nos homicídios entre 2010 e 2015 – a queda foi de 23,4%, só superada pela do Espírito Santo (27,6%). A média paranaense registrada em 2015 foi de 26,3 homicídios a cada 100 mil habitantes.
“Uma cidade mais segura é melhor para todos: para quem vive aqui e também para quem nos visita”, afirma o secretário municipal de Turismo, Gilmar Piolla, que é também secretário geral do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu – Codefoz.
Piolla lembra que “ainda estamos longe do ideal, mas com o empenho das forças de segurança, tivemos avanços expressivos”. E completa: “Enquanto a violência cresceu na média nacional, conseguimos reduzir os índices de forma significativa”.
No Brasil, em 2015, foram registrados 59.080 homicídios, o que equivale a uma taxa de 28,9 por 100 mil habitantes. O Atlas da Violência 2017 destaca que, em apenas em três semanas, são assassinadas no Brasil mais pessoas do que o total de mortos em todos os ataques terroristas no mundo nos cinco primeiros meses de 2017. Foram 498 atentados, que provocaram 3.314 vítimas fatais.