Há seis meses a usina de Itaipu não abre o vertedouro. Toda água que chega a montante, ou seja, acima da barragem, é usada para a geração de energia. Com isso, o índice do Fator de Capacidade Operativa (FCO) se mantém em 100% este ano. O melhor indicativo anterior foi em 2014, com 99,3%. Do início do ano até agora, a usina já gerou mais de 35 milhões de megawatts-hora (MWh), uma das melhores marcas da história.
“Ao longo desses 33 anos de operação, a área técnica de Itaipu desenvolveu uma expertise sem precedentes para o melhor aproveitamento da água que chega ao reservatório”, afirma o diretor-geral brasileiro, Luiz Fernando Vianna. Ele lembra que nem sempre as condições hidrológicas são favoráveis, por isso, em épocas como a atual, de poucas chuvas no Nordeste e no Sudeste brasileiro, é preciso estar atento e preparado para utilizar todo o potencial do Rio Paraná. “E isso Itaipu faz como poucos no mundo.”
Os 35 milhões de MWh seriam suficientes para atender ao consumo do Brasil por 26 dias e do Paraguai, por dois anos e meio. O Estado de São Paulo seria atendido por três meses e a cidade do Rio de Janeiro, por dois anos.
Produtividade
A Itaipu gera hoje num só dia o que produzia no primeiro ano de produção, a partir de maio de 1984. A produção total de 2016, de 103 milhões de MWh, equivale a 374 vezes o que se produziu na época. Na última década, a geração média passa dos 93,2 milhões de MWh. Nenhuma outra usina do mundo tem performance semelhante.
A partir desse ano, a Itaipu vai investir US$ 500 milhões num plano de atualização tecnológica das 20 unidades geradoras. O prazo de conclusão previsto é de dez anos.
Com 33 anos de geração completados no último dia 5 de maio e prestes a completar 43 anos de criação, a Itaipu se mantém estratégica para garantir o desenvolvimento do Brasil e Paraguai. No ano passado, a empresa respondeu por 17% do consumo de energia elétrica do mercado brasileiro e 76% do paraguaio.