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Estudantes da Unila reconstroem biblioteca de escola de Foz

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biblioteca escola
A Escola Municipal Brigadeiro Antonio de Sampaio, localizada no bairro rural Alto da Boa Vista, em Foz do Iguaçu, inaugura, neste sábado, 01º, às 15h, uma nova biblioteca. O espaço foi construído por estudantes e docentes que integram o projeto de extensão da Unila “Vivendo livros latino-americanos na Tríplice Fronteira: descobrir e resgatar identidades”.

De acordo com a coordenadora do projeto, Mariana Cortez, a ideia de reconstruir a biblioteca da escola surgiu dos próprios universitários, que verificaram a necessidade de adequar o espaço para poder realizar, de forma eficaz, atividades voltadas para a formação de leitores. O projeto do novo espaço foi elaborado por estudantes do curso de Engenharia Civil da Unila. A execução só foi possível graça a doação de material de construção por empresas do município. Além da adequação física, o acervo da biblioteca foi organizado e catalogado. A ação contou com a participação de discentes dos cursos de Antropologia, Saúde Coletiva e Letras da Unila.

Durante a organização dos livros, verificou-se que a escola tinha um acervo com 752 obras e 559 títulos. No entanto, observou-se a ausência de obras que reflitam a diversidade cultural da região de fronteira. “São poucos livros que trazem o trânsito na fronteira, a mistura – que é efetiva na sala de aula, com alunos de origens diversas. E esse reconhecimento nos livros faz com que os estudantes se aproximem do espaço da biblioteca”, avalia a professora Mariana Cortez.

Além da escola iguaçuense, o projeto “Vivendo livros latino-americanos na Tríplice Fronteira: descobrir e resgatar identidades” atua em bibliotecas de escolas públicas da Argentina e do Paraguai, visando contribuir com a reflexão sobre a importância do espaço físico da biblioteca e do acervo para a promoção da leitura e escrita literária, em contexto integrado à dinâmica escolar. Integrantes do projeto já iniciaram as atividades na Escuela 722, em Puerto Iguazú (Argentina), e na Escuela 2979, em Ciudad del Este (Paraguai). “Nos interessa, especialmente, contribuir para uma consolidação de acervos referentes à literatura latino-americana, bem como propor práticas pedagógicas que valorizem a leitura literária como um processo de descoberta e resgate das identidades e culturas da fronteira. Entendemos a biblioteca como um espaço coletivo de troca, de socialização, de leitura individual e de compartilhamento de experiências”, explica a professora.

Literatura infantil nas escolas

O projeto de extensão também está integrado a uma pesquisa da docente Mariana Cortez, que investiga de que forma os planos de trabalho de leitura se alteram a partir da estrutura dos espaços. No âmbito extensionista, o projeto também atua na formação dos educadores por meio de sensibilização e diálogo sobre o que é literatura infantil – e como trabalhá-la no âmbito escolar -, a necessidade de leitores e, ainda, discussões sobre livros que trabalhem o resgate da identidade e cultura da região. Nas escolas, integrantes do projeto realizaram entrevistas com professores, encontros com esses educadores, além de contação de histórias para os alunos, embasadas em literaturas que contribuem para o reconhecimento do estudante, no contexto fronteiriço.

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