Search
Previous slide
Next slide

Veja o que rolou na 11ª Feira do Livro em Foz do Iguaçu

Previous slide
Next slide
Milhares de pessoas visitaram a 11ª Feira Internacional do Livro, na Praça das Nações (Mitre), em dez intensos dias de programação diversificada. Evento de arte, literatura e múltipla cultura, o espaço atraiu públicos distintos, de diferentes faixas etárias, etnias, linhas ideológicas e classes sociais.

Foto: Marcos Labanca
Foram 10 dias de feira repleta de atividades culturais

Com obras a preços acessíveis (a partir de R$ 1), o público pôde adquirir exemplares de várias editoras, sebos e livrarias. A feira oportunizou ainda a exposição de grandes escritores, recitais, saraus, peças de teatro, apresentações de música e dança – boa parte delas alusivas ao poeta Mario Quintana, o autor homenageado nesta edição.

Agenda –
O evento também ofereceu oficinas de desenho, histórias em quadrinhos, estêncil, confecção de bonecos e produção de microcontos. A agenda de atividades contou com 16 atrações nacionais e 40 locais, entre escritores, músicos, poetas, dramaturgos, roteiristas e cineastas. “Esta foi a feira com a maior participação de autores locais, o que prova a qualidade dos nossos escritores”, disse o diretor-presidente da Fundação Cultural, Adailton Avelino, o Cantor.

Atrações principais – Entre as principais atrações, passaram pelo evento o cantor Chico César; o jornalista Paulo Henrique Amorim; o humorista Reinaldo Figueiredo; a escritora Thalita Rebouças; a socióloga Silvia Viana; a escritora e roteirista Sonia Rodrigues (filha de Nelson Rodrigues); o romancista Raphael Draccon; o poeta Sergio Vaz; o escritor mexicano Juan Pablo Villalobos; o escritor mineiro Jorge Fernando dos Santos; e o romancista Luiz Ruffato.

Quintana – A jornalista gaúcha Dulce Helfer e o jornalista e cineasta Tabajara Ruas participaram de um bate-papo com os visitantes no último sábado, 12, para falar sobre a vida e obra de Mario Quintana. Dulce foi amiga do poeta, o que a inspirou escrever o livro Mario, assinado também por Tabajara e o ensaísta Armindo Trevisan.

Durante a conversa com o público, Dulce relevou histórias da vida de Quintana, como o amor secreto dele pela escritora Cecília Meireles. “Ele meu deu muito mais do que pude retribuir. Eu via Mario como um amigo, não como o grande escritor que foi. Isso acontece quando as pessoas são íntimas.”

Homenagem infantil – Alunos de escolas municipais e centros de educação infantil também homenagearam Mario Quintana e outros escritores por meio da dança, da música e do teatro durante o 1º Festival Cultural Poetas Brasileiros, que aconteceu de 9 a 12 de setembro na Arena Literária.

Espaço Gourmet – Uma das novidades da feira este ano foi o Espaço Gourmet, um ambiente onde chefes de cozinha do Senac elaboraram pratos inspirados na cultura de diversos autores. Foram produzidos hambúrguer de paleta suína, um prato típico das colônias ucraniana e polonesa, bastante presentes no Paraná, em homenagem ao escritor Domingos Pellegrini; o acarajé, dedicado ao escritor Jorge Amado; cheviche peruano clássico, para lembrar o poeta Jorge Luiz Borges; e o brigadeiro gourmet, para Clarice Lispector. No fim de cada apresentação, o público era convidado a degustar os pratos.

Comida e literatura – A ideia de implantar o espaço foi da diretora de Cultura da Fundação Cultural, Arinha Rocha. “A gastronomia é uma experiência que combina muito com a literatura, porque é uma forma de leitura de mundo, assim como o cinema. Todos os alimentos têm um motivo da gente comer. Tudo é cultura, e gastronomia é cultura e arte.”

Nova estrutura – Além da praça, a feira ocupou parte da área externa do Colégio Estadual Bartolomeu Mitre, onde foram montadas a praça de alimentação (outra novidade), a Arena de Shows, Arena das Letrinhas (para o público infantil) e o Espaço das Ideias (para o lançamento de livros de autores locais e exibição de curtas). O local também recebeu a mostra Fellini, em homenagem a um dos mais importantes cineastas italianos, Federico Fellini. Muitos visitantes elogiaram a nova estrutura.

“O gostoso foi o espaço do café. A gente vem, compra o livro e pode ficar por aqui, não precisa ir embora”, disse a estudante Larissa Teixeira. “Aumentamos o número de estandes e aproveitamos melhor o espaço dentro do colégio, o que deu mais conforto e mais opções para as famílias”, afirmou o presidente da Fundação Cultural. De acordo com ele, a feira deve ser mantida na Praça das Nações (Mitre) no ano que vem.

Livreiros – Os livreiros avaliaram de maneira positiva o evento. “Conseguimos manter a média do ano passado neste evento que é superimportante para a cultura da cidade e um incentivo à parte para os livreiros”, disse Nahrime Musser.

Da mesma forma pensa Ernani Brito, coordenador do Núcleo dos Livreiros da ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu). “A Feira do Livro é uma oportunidade para as editoras, as livrarias e os sebos se aproximarem do público, aumentarem as vendas e divulgarem a cultura. Estamos contentes com resultado e já aguardamos a próxima edição”, destacou.

 
Previous slide
Next slide