A participação do turismo na economia brasileira pode ser maior do que os 2,5% registrados atualmente, apesar dos prejuízos causados pela crise financeira internacional. Basta que o país crie as condições para formar as demandas a partir da parcela considerável da população brasileira que se encontra à margem do mercado turístico. A conclusão é do estudo Crise Mundial e seus Reflexos sobre o Turismo no Brasil, divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo o estudo, a inserção de novos contingentes populacionais ao mercado turístico exigirá uma presença maior do Estado, no sentido de garantir a sustentabilidade da atividade que tende a ocupar um papel cada vez mais relevante na economia mundial.
Mas para obter sucesso nessa empreitada, segundo o estusdo, é necessário que, antes, o país invista na expansão e na melhoria da infraestrutura de acesso às cidades. Principalmente com estradas e aeroportos, porque o aumento da competitividade da indústria do turismo está ligado ao processo de desenvolvimento do país, dependendo tanto de sua infraestrutura física como da qualidade da mão de obra utilizada pelo setor.