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Governo pode recomendar prorrogação de férias para evitar contágio de gripe suína

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O governo decide ainda nesta quinta-feira (23) se vai determinar a prorrogação das férias escolares na rede pública para prevenir o aumento do contágio do vírus Influenza (H1N1) entre estudantes. Técnicos do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação se reúnem para definir em quais municípios as férias serão mais longas e para formular um guia com orientações para pais e responsáveis será divulgado.

“Estamos discutindo essa situação e preparando orientação para pais, professores, alunos e diretores de escolas. Em algumas localidades, não tem o menor sentido [prorrogar as férias] e em outras pode ser uma coisa importante. Vamos tratar cada caso como um caso importante. Talvez, dependendo do município teremos uma orientação de estender ou não."

Algumas escolas do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de São Paulo chegaram a suspender as aulas ou antecipar as férias para evitar que o risco de contaminação aumentasse. Uma das formas de prevenção da gripe é evitar ficar em locais fechados com muitas pessoas. O Ministério da Saúde ainda recomenda que se lave as mãos várias vezes ao dia e que não se compartilhe objetos e instrumentos pessoais.

Medicamento – Temporão garantiu que há medicamento suficiente para atender a todos os casos de influenza A (H1N1) – gripe suína – no país. Ao todo, são 9 milhões de kits para tratamento estocados na Fiocruz, no Rio de Janeiro. Mais 1 milhão de kits deverá chegar ao Brasil nas próximas semanas. O governo está distribuindo 50 mil kits para estados e municípios. “O Brasil está preparado. A rede de serviços de saúde está preparada para atender as pessoas”, disse Temporão.

Ele voltou a dizer que não há motivo para pânico. Segundo o ministro, neste momento é importante prevenir a população e evitar novas mortes. “Da mesma maneira que estávamos preparados para, durante 80 dias, impedir que o vírus entrasse no Brasil e circulasse aqui, agora estamos prontos para uma nova etapa. Temos que ter informação adequada”, disse.

Temporão lembrou que os sintomas da influenza A (H1N1) são similares aos da gripe comum, que mata 70 mil pessoas por ano no Brasil. E alertou: pessoas com febre acima de 38º, tosse, dor de garganta, dor no corpo, dor nas articulações ou dificuldade para respirar devem procurar o serviço de saúde e não o hospital. “Os hospitais estão preparados para atender os casos graves que necessitam de internação.”

O ministro negou ainda a informação de que o vírus Influenza  H1N1 seja mais forte do que o da gripe comum. Segundo ele, em pesquisas feitas em ratos e furões, houve a sugestão de que o vírus seja mais agressivo, "mas não se pode fazer a mesma ilação para humanos”.
 

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