Equipes econômicas e presidentes de bancos centrais de países do Mercosul e dos Estados associados fizeram quinta-feira (23) uma análise conjuntural da América do Sul. A conclusão não poderia ter sido mais promissora: todos os indicadores mostram que os países da região estão saindo da crise econômica que se agravou em setembro do ano passado e se alastrou pelo mundo.
“Em matéria de inflação, em geral, todos os países a têm sob controle. Também as reservas estão fortes na maioria dos países”, afirmou o ministro da Fazenda do Paraguai, Dionisio Borda, ao final da reunião.
Segundo Borda, existem perspectivas de uma rápida recuperação na retração de remessas e trocas comerciais. Ele disse que as autoridades dos países do Mercosul têm previsões de crescimento muito mais promissoras do que as dos organismos multilaterais e do setor privado.
“A maioria dos países – Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai , Uruguai e Venezuela – prevê crescimento positivo para este ano”, afirmou Borda, ressalvando que talvez o Chile tenha retração de 1%. De acordo com o ministro, o Paraguai, por sua vez, pode registrar queda de 3 % a 4%, não em razão da crise, mas devido à intensa seca deste ano, que causou prejuízos à produção agrícola.
Os ministros da área econômica decidiram dar segmento à análise dos impactos da crise financeira internacional sobre a região, prosseguir nas atividades do projeto de cooperação técnica e financeira com a União Europeia e continuar com os processos de incorporação da Colômbia, do Equador e do Peru ao Grupo de Monitoramento Econômico do Mercosul e Estados Associados.
Pelo Brasil, participaram da reunião o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Marcos Galvão, o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Roberto Malagoni, e o secretário executivo do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães.