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Chuvas diminuem pontos próprios para banho nas praias do Paraná

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Imagem: Agência Estado
O grande número de veranistas e as chuvas prolongadas dos últimos dias reduziram os locais próprios para banho no Litoral paranaense

O grande número de veranistas e as chuvas prolongadas dos últimos dias reduziram os locais próprios para banho no Litoral paranaense, após o feriado de revellion. O quarto boletim de balneabilidade, divulgado nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), informa que dos 43 pontos avaliados nas praias paranaenses, 29 apresentam condições impróprias para banho. Outros 14 pontos estão classificados como próprios.

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, esclareceu que cada um dos pontos considerados impróprios nesta semana correspondem a apenas 200 metros de interdição devido à emissão de esgoto sanitário e presença de coliformes fecais – 100 metros à esquerda e 100 metros à direita das placas indicativas.

Os índices aumentaram significativamente se comparados à amostragem da semana passada. Duas condições são determinantes para este resultado: o grande número de pessoas nos municípios litorâneos devido ao feriado de fim de ano, e índice elevado de precipitação nos sete dias anteriores à amostragem, o que aumenta a vazão dos canais drenagem que deságuam nas praias.

De fato, pontos amostrados próximos a desembocaduras de rios e canais são os que apresentam os índices mais elevados. Isto ocorre porque o sistema de coleta de esgoto é feito somente em uma parte dos municípios, estando grande parte das residências dos moradores não-contemplada por sistema de coleta e tratamento de esgoto, além das ligações irregulares nas galerias pluviais. Outro problema são fossas inadequadas que em dias de chuva podem transbordar e atingir o lençol freático.

Nos rios e baías apresentam condições próprias para banho o Rio Marumbi, em Morretes, e o Rio do Nunes, em Antonina. A localidade da Ponta da Pita e o Rio Nhundiaquara em Porto de Cima e no centro da cidade de Morretes apresentam condições impróprias para banho.

Resultados positivos – O secretário Rasca Rodrigues alertou para a redução no número de Escherichias coli encontradas na água, se comparado ao mesmo período do ano passado.

A Escherichia coli é um dos microrganismo tido como habitante natural da flora microbiana do trato intestinal de humanos e de animais de sangue quente e que indica a presença de esgoto na água. De acordo com a legislação federal, para um local ser classificado como próprio para banho pelo menos 80% das amostras coletadas nas últimas cinco semanas devem apresentar até 800 escherichias coli para cada 100 mililitros de amostra. Apresentando mais de dois mil coliformes fecais por 100 mililitros, o local é considerado impróprio para banho.

Frente fria e poluição – A bióloga e pesquisadora do Programa de Sistemas Costeiros e Oceânicos do Centro de Estudos do Mar (CEM- UFPR), Franciane Pellizzari, que está trabalhando com a balneabilidade, explica que o grande número de pessoas, aliado a uma frente fria, prejudicaram a balneabilidade.

“A frente fria que chegou ao Paraná no dia 1º de janeiro, permanecendo sobre a Costa até o último dia 6, foi fator determinante para estes resultados”, avalia Franciane. Ela ainda disse que o vento sul intenso, e a alta amplitude das ondas mantiveram as massas de água ‘grudadas’ na costa, impossibilitando o fluxo e a movimentação das correntes marítimas.

Os resultados das análises serão divulgados semanalmente até o final do mês de março, nos endereços eletrônicos www.sema.pr.gov.br e www.iap.pr.gov.br, nas barracas de balneabilidade e por panfletos distribuídos em locais estratégicos.

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