Os dois primeiros sábados de março serão marcados por atividades de mobilização contra a dengue, em diversas regiões do Estado. Os chamados “Dias D”, de combate à doença, serão promovidos em 151 municípios, cujos índices de infestação do mosquito são considerados altos. O lançamento será no sábado (6), em Londrina, às 9h. As atividades ocorrerão em parceria da Secretaria da Saúde, com a Defesa Civil e os municípios.
“A dengue é um problema sério e que mata. Não há vacina contra a doença e a única forma de prevenção é eliminar os criadouros do mosquito, de forma rotineira. O mosquito não escolhe classe social”, enfatiza o secretário da Saúde, Gilberto Martin.
De acordo com ele, as atividades ocorrerão simultaneamente em diversos municípios do Estado, com o objetivo de mobilizar a população e o poder público no combate à doença. O Governo do Estado tem desenvolvido ações como a Caravana contra a Dengue, o Carnaval sem Dengue e, agora, os dias “D”, para envolver todos os segmentos no combate à doença.
Nas atividades estão previstas distribuição de folhetos com orientações de prevenção da doença e sacos plásticos para o descarte de criadouros dos domicílios. “A melhor maneira de acabar com a dengue é a prevenção. Para isso a mobilização social torna-se imprescindível, porque todo cidadão deve eliminar os criadouros do mosquito da dengue. Levantamentos apontam que 90% dos criadouros estão nas residências e nos quintais”, ressaltou Martin.
Números – Os novos números divulgados pela Secretaria da Saúde, nesta quinta-feira (4), mostram que até 26 de fevereiro foram confirmados 973 casos da doença, sendo 806 casos autóctones – casos cuja infecção ocorreu dentro do Estado – e 167 casos importados. “Esses números reforçam a importância das campanhas de mobilização desenvolvidas pelo Governo do Estado”, afirmou Martin.
Nos dados apresentados no boletim, que leva em consideração as notificações realizadas até 26 de fevereiro, das 22 Regionais de Saúde, 10 apresentaram casos autóctones. A região de Maringá concentra o maior número de casos autóctones (297), seguida por Foz do Iguaçu (211), e Londrina com 104 casos. Até o momento foram registrados dois casos de febre hemorrágica por dengue e um caso de dengue com complicação. Uma pessoa morreu.
Dos 399 municípios, 53 apresentaram autóctones de dengue. Sendo o município de Paranacity, próximo a Maringá, o que tem maior incidência, seguido por Primeiro de Maio, município próximo a Londrina.
Criador – De acordo com o último levantamento dos índices de infestação predial (IIP) divulgado pela Secretaria, as cidades com maior índice, segundo levantamento das secretarias municipais de Saúde, são Doutor Camargo (24,6%), Quatro Pontes (18,42%), Porecatu (18,37%), Nova aliança do Ivaí (16,95%), Sarandi (16,72%) e Mercedes (16,36%). O recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é que o número seja menor que 1%, isto é, a cada 100 imóveis vistoriados menos de um imóvel deve ter larvas do mosquito.