O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reafirmou na sexta-feira (23) a posição do governo de conceder 6,14% de reajuste para os aposentados e pensionistas que ganham mais de um salário mínimo. Esse índice consta na medida provisória enviada ao Congresso Nacional após acordo com centrais sindicais.
Na quinta-feira (22), fontes do governo afirmaram que já se discutia a possibilidade de elevar para 7% o reajuste. No entanto, Padilha disse que, por falta de consenso na Câmara, onde além da proposta de 7% também se discute o percentual de 7,7%, o governo mantém a decisão de defender o índice de 6,14%.
“Ficou evidente, em função da posição dos líderes da Câmara e também da posição do Senado, que não existe mais essa proposta de acordo de 7% na Câmara. Por isso, o governo mantém sua proposição inicial de 6,14%”, disse Padilha, acrescentando que continuará conversando com o Congresso.
No final da manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com integrantes dos ministérios da Fazenda, Previdência Social e do Planejamento, além da Casa Civil e do ministro Alexandre Padilha, para discutir a posição do governo sobre o reajuste.
O ministro negou que eles tenham discutido na reunião o que o presidente Lula fará caso o Congresso aprove um reajuste maior do que o defendido pelo governo. Ele afirmou ainda que acredita na “sensibilidade do Congresso” para tratar o tema.
Atualmente, quase nove milhões de aposentados recebem mais de um salário mínimo. Desse total, 70% estão na faixa dos que ganham mensalmente até três salários. “Esse impacto não é possível suportar”, disse Padilha.