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Ferimento resultado de "queda" é a sexta causa de morte entre idosos

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Quem ao ver um conhecido ou até mesmo um estranho tropeçar ou escorregar numa superfície lisa, num primeiro momento, não sentiu vontade de rir ou, no caso dos amigos próximos, até de fazer uma piadinha? A segunda reação natural é oferecer ajuda. Mas o que pode parecer engraçado, num primeiro momento, é tratado pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública. Isso porque os ferimentos resultados de pequenos “tombos” representam a sexta causa de morte entre pessoas idosas. Segundo a pesquisadora Mônica Perracini, mais de 30% dos idosos já sofreram algum tipo de queda. No caso dos residentes em asilos e casas de repouso esse percentual varia de 45% a 61%.

Com uma estrutura física debilitada em virtude do processo de envelhecimento qualquer tombo pode ocasionar fraturas graves, especialmente na região do quadril, podendo resultar em morte. As mulheres, ainda mais sensíveis por doenças como osteoporose, precisam redobrar os cuidados. Considerando o aumento da população idosa no Brasil, dá para imaginar a preocupação do Ministério da Saúde.


A fisioterapeuta Cristina alerta sobre a importância de cuidados no dia a dia

A fisioterapeuta especializada em gerontologia Cristina Ribeiro, explica que as lesões que uma “queda” pode ocasionar quando se trata de uma pessoa idosa é tão preocupante como o caso de pacientes que sofrem de artrose, hipertensão arterial sistêmica e diabetes. “A ocorrência de acidentes com idosos – resultando em fraturas – é expressiva. Essa ‘fragilidade’ é decorrente de fatores intrínsecos, como alterações fisiológicas do processo de envelhecimento, doenças e efeitos de medicamentos, além dos extrínsecos, como as circunstâncias sociais e ambientais que colocam o idoso em situação de risco”, esclarece Cristina.

Cuidados – Para evitar que a estatística de mortes de idosos decorrentes de traumas após quedas aumente é possível tomar alguns cuidados. Quanto aos fatores intrínsecos, pouco se pode fazer. Limitação na locomoção e equilíbrio, déficit visual, artrose, depressão e fraqueza muscular nos membros inferiores são exemplos de agravantes que demandam maior atenção aos idosos para evitar acidentes, especialmente no caso de pessoas acima dos 80 anos ou mulheres.

Quanto às ameaças externas é possível tomar alguns cuidados para garantir a saúde dos idosos. Pequenas adaptações nos ambientes no qual se movimentam, como evitar tapetes, pisos escorregadios, degraus e outra “barreiras” arquitetônicas, por exemplo – já eliminam algumas situações de risco. Usar calçado adequado é outra medida fundamental.

As quedas apresentam diversos impactos na vida de um idoso, que podem incluir mortalidade, deterioração funcional e até hospitalização. Contudo, mais que consequências físicas, como dores ou até mesmo incapacidades, há marcas psicológicas. Após uma queda, muitos passam a ter medo de cair novamente e se tornam cada vez mais dependentes de outras pessoas para realizar suas atividades diárias. “Por isso, o cuidado com a rotina e o ambiente no qual esses idosos vivem continua sendo a forma mais eficaz para garantir sua saúde e bem-estar”, finaliza a fisioterapeuta Cristina Ribeiro.

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