A Cerâmica São Pedro, de Curitiba, é a primeira empresa do ramo no Paraná a receber o selo do Programa Setorial da Qualidade (PSQ), emitido pela Associação Nacional da Indústria Cerâmica (ANICER). A empresa obteve a certificação para os blocos cerâmicos estruturais, que produz em sua fábrica do bairro Caximba, na capital. O PSQ faz parte do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade na Habitação (PBQP-H), do Ministério das Cidades, que atesta a qualidade de produtos da construção civil.
Para conseguir a certificação, a Cerâmica São Pedro teve de adequar seus produtos para que estivessem de acordo com as exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que determina características específicas para o material.
História – Fundada há 47 anos e com 22 funcionários, a Cerâmica São Pedro teve a qualidade de seu produto atestada em todas as etapas exigidas para a certificação. “As amostras analisadas estavam dentro das conformidades exigidas nos ensaios, que verificam as dimensões, a resistência, absorção de água, esquadro e compressão”, afirma o consultor técnico do Senai, Adilson Carlos Costa, que foi o responsável pela consultoria.
O assessor técnico da qualidade da Anicer, Antonio Carlos Pimenta, diz que o selo PSQ é uma forma de demonstração pública da empresa de que está atuando em sintonia com o programa de qualidade na habitação. Ele explica que para manter o selo, a empresa terá novas amostras de produtos coletadas a cada três meses para reavaliação. “É um processo permanente de verificação da qualidade”, diz Pimenta.
O selo PSQ será entregue para a Cerâmica São Pedro durante o 39º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, que acontece em agosto, em Florianópolis, Santa Catarina. O assessor da Anicer explica que a certificação poderá ser utilizada tanto nos produtos, quanto nos materiais de divulgação da empresa.
Adequações – Para conquistar o selo, a Cerâmica São Pedro passou por diversas mudanças que aperfeiçoaram a produção. Um exemplo foi na questão de tempo de descanso da argila: antes ela era extraída da jazida e ia direto para a produção. Agora, depois das dicas do Senai, a argila descansa por dois anos ao ar livre, ficando exposta ao sol e à chuva. Tudo isso para que o produto final tenha mais resistência.
No transporte também houve mudanças. A empresa implantou o método de
paletização dos produtos, com a utilização de pallets de madeira ou plástico que são colocados embaixo dos produtos para que estes sejam levantados por uma empilhadeira. Antes o processo era manual. A cerâmica também adquiriu equipamentos mais potentes para moer argila e um novo forno túnel
O Senai auxiliou na implantação de um laboratório para apoiar a produção, instalado dentro da empresa. No laboratório, a cerâmica pode fazer ensaios de rotina na argila para verificar se o produto está saindo de acordo com as normas.