Mais que um gênero musical, o rock é um estilo de vida, moda e atitude. Símbolo de juventude, rebeldia e contestação surgiu nos Estados Unidos no início da década de 50 e, desde então, passou por inúmeras transformações e hibridismos.
Fotos: Click Foz do Iguaçu – Augusto Conter
Show da banda Bidê ou Balde
Origens – Há muita confusão na hora de definir qual foi a primeira música do rock ou o primeiro artista do gênero. Costuma-se a impor como marco as primeiras gravações do “rei” Elvis Presley, que elevou tudo o que se fazia na época a um novo patamar, sacudindo as pélvis e erguendo a voz em uma energia nunca antes vista.
O som surgiu de uma mistura do blues e do country. Algo como Robert Johnson encontra Jimmie Rogers. Com o surgimento do skiffle, gênero musical que utilizava instrumentos como tábuas de lavar roupa e garrafas para dar a estrutura rítmica da música, houve um grande entusiamo sobre a música, especialmente na Inglaterra. Este último gênero foi bastante responsável por inspirar as primeiras batidas do rock. Além dos instrumentos improvisados, era acompanhada de violões ou banjo, geralmente com poucas variações de acordes.
Lonnie Donegan’s Skiffle Group – Puttin’ On The Style (1957)
Banda de Lonnie Donegan. Conhecido como “Rei do Skiffle”, teve mais de 20 músicas figurando em determinados momentos na lista dos 30 maiores hits da Inglaterra.
Skiffle, aliás, foi o gênero praticado pela primeira banda de John Winston Ono Lennon, conhecido na época apenas como o garoto John Lennon, fundador da The Quarrymen. Após uma apresentação em uma igreja e o encontro com Paul MacCartney estes fundariam juntos com George Harrison o The Beatles, banda seminal que trouxe ao rock inovações inspirando o nascimento de outros subgêneros…
The Beatles – Helter Skelter (1968)
Canção composta por Paul McCartney (creditada à dupla Lennon-McCartney) considerada precursora do Hard Rock /Heavy Metal.
Brasil – Quem não lembra das músicas "Banho de Lua" ou "Estúpido Cupido", da cantora Celly Campelo? Talvez você não se lembre dessa cantora (ou até nunca tenha ouvido falar nela), mas certamente conhece as músicas. Um pouco depois, no início da década de 60, que o rock se popularizou no Brasil, em um movimento que ficou conhecido como a Jovem Guarda trazendo nomes como Roberto e Erasmo Carlos.
Mas há quem defenda que somente na virada pra os anos 70 que surgiram autênticos representantes do Rock and Roll nacional, com Raul Seixas, Secos e Molhados e os Mutantes.
Matanza: autênticos representantes do countrycore (country + hardcore!)
Hoje – Com a globalização vem a complexificação da sociedade moderna: as trocas de informações aceleradas deram origem a linhas plurais de pensamento. Hoje o rock pode significar desde aquele básico inspirado em AC/DC ou Ramones (bandas de hard rock e punk rock – respectivamente – icônicas da década de 70) a complexas misturas nomeadas: grunge, new metal, samba-rock, metalcore, heavy metal melódico, entre outros.
Tenha você uma tribo em específica ou da galera do “tudo junto e misturado”, hoje é o seu dia! Na verdade, todo dia é dia de quem gosta de rock. Mas, por mera formalidade, definiu-se o dia 13 de Julho como marca. A data é em homenagem a realização do Live Aid, festival de música humanitário que em 1985 envolveu nomes como Black Sabbath, U2, Queen, The Who e Led Zeppelin com o objetivo de arrecadar fundos para acabar com a fome na Etiópia.
Um estilo de vida – Antônio Emilio Aiex é um autêntico fanático por rock. Nascido em Cascavel, hoje ele reside em Florianópolis/SC. Mas, foi em Foz do Iguaçu, onde morou dos 9 aos 17 anos, que desenvolveu seu gosto por música.
“Desde muito cedo eu tenho interesse em música, mas alguns marcos me fizeram definitivamente virar um roqueiro. Dois dos mais importantes foram quando saiu o "Lavô Tá Novo" do Raimundos, banda pela qual fiquei totalmente viciado por muito tempo e depois em 1998 quando saiu "Nimrod", do Green Day, que fez com que eu conhecesse a maioria das bandas que eu gosto hoje”, afirmou.
Hoje, Antônio tem um site que fala basicamente sobre lançamentos de rock ‘n roll: de vinis a DVD’s. Na época em que morava em Foz do Iguaçu, chegou a ter uma banda chamada Ant Strike, que lhe rendeu uma demo e um álbum aclamados por crítica e público (a demo foi eleita em 2004 a melhor do ano pelo site Zonapunk e pelo prêmio Extremenuts). Acompanhe a entrevista:
Foto: Divulgação
Antônio, quando você começou a tocar guitarra e com o hobby de colecionar discos?
Devo ter começado a tocar guitarra com 13 ou 14 anos, e colecionar CDs na mesma época, foi tudo meio que ao mesmo tempo, porque assim que eu comecei a ouvir minhas bandas de rock preferidas eu sabia que eu precisava ter uma banda. A paixão pelos discos de vinil veio há pouco tempo, lá por 2007.
Por que o interesse pelo vinyl?
Porque eu não sou muito fã de música que não venha em um formato físico, a não ser que seja para descobrir novos nomes, e o vinil é mil vezes mais legal que o CD, já que tem uma arte bem maior, qualidade de som diferente, mais possibilidades, discos coloridos, transparentes, etc… É música pra quem ama música.
De onde surgiu a ideia do site “Tenho mais discos que amigos!”?
A ideia surgiu há 1 ano atrás quando eu comecei a ficar mais e mais interessado em discos de vinil e não via nenhuma fonte brasileira a respeito, fazendo com que nós não tivéssemos acesso a um zilhão de informações e lançamentos muito legais que as bandas estavam produzindo. Foi aí que eu criei o blog pra poder compartilhar isso com todo mundo.
Pretende retomar a tocar com banda?
Eu adoraria ter a minha banda original novamente, mas a quase 1.000 km de distância dos outros membros fica difícil. Com o site e outros compromissos a ideia de ter uma nova banda me parece meio distante, mas confesso que acho espetacular fazer rock.
O Clickfoz fez uma enquete via Twitter para saber a opinião dos leitores sobre qual música define o gênero. Veja o que eles responderam:
@stephanmartins: "My Generation" – The Who
@bookeatingboy: "Back In Black" – AC/DC
@andrelt: "Kashmir" – Led Zeppelin
@filipesf: "Pull Me Under" – Dream Theater
@nascii: O rock não teria um #DiadoRock digno se Black Dog (Led Zeppelin) não existisse
@fernandinha18: "Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town" – Pearl Jam
@bqeg: "1979" – Smashing Pumpkins
@VozdoAlem: "Time is Running Out" (Muse) que tem romance, loucura e Apocalipse =D
@fernandinha18: "Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town" – Pearl Jam
@LucasSchwantes: "Twist and Shout" (Beatles) 😀 Não tem quem não conheça. Altamente envolvente, como deve ser o Rock
@todearaujo: Complicado! 😛 Há várias, mas talvez uma síntese do Rock atual (algo bem misturado) seja "Undercover Martyn" – Two Door Cinema Club
@inexato: Vamos de Rock Nacional > "Que país é este", do Renato Russo, que fica mais atual a cada dia…
@tarushijio: "The Dream’s Dream" – Television
@LucianaLM: "I Love Rock N Roll" (Joan Jett & the Blackhearts)
@CarinaLivi – "Satisfaction" (Rolling Stones) #DiadoRock
@alexsetter – "You Shock Me All Night Long" (Ac/Dc)
@nataliacasado – "For Those About To Rock" (AC/DC) m/
@betobellini: Voto em "Johnny Be Goode". Chuck Berry iniciou a atitude rock q vemos hj em todas as bandas, colocou energia e solos de guitarra. Pra mim, foi com Chuck Berry que o rock nasceu de fato e de direito.
@micaelsilva: É cruel eleger uma música, mas para defini-lo na atual eu escolho "Jerk It Out" – Caesars. Rock exportado, costurado, evoluindo. Onde a gente nem sabe mais definir se é o rock ou não, mas que segue a tendência de transpor tribos e unir lados diferentes
@Krolramalho: Pergunta difícil, hein! Eu diria que qualquer uma dos Beatles pós-IêIêIê. Eles evoluíram no estilo sem sair da categoria rock clássico; não são metaleiros, nem hard rockeiros. O som deles vai além de qualquer categoria de Rock, por isso escolho Beatles. Mas, se tivesse que escolher uma música (como é impossível escolher uma dos Beatles), eu diria "With a Little Help from my Friends" na voz de Joe Cocker (essa é original dos Beatles, mas é chata com eles, rsrs) #prontofalei rsrsrs