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Comissão de Inquérito que investiga Plena Paz retoma trabalhos

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 Após pausa nos trabalhos, a Comissão de Inquérito, composta por Hermógenes de Oliveira (PMDB), Zé Carlos (PMN), Edson Narizão (DEM), Paulo Rúbio (PDT) e Edílio Dall’Agnol (PSB), retomou as investigações na manhã desta quarta-feira, 20, na Câmara Municipal, por desvio de verba pública da Associação Plena Paz e seu Presidente, Celso do Amaral. 

Três pessoas foram ouvidas pela Comissão, o advogado Carlos Holler, que voluntariamente trabalhou no bazar beneficente realizado pela entidade em março de 2009. “Fiquei só meia hora como caixa, minha função não era essa. A única vez que vi uma pessoa recolher o dinheiro, era o Celso, depois não vi mais. Mas ouvi comentários de que o Loiri Dalla Corte (Loli) também passava nos caixas com consentimento do Celso”. 
 
Ainda segundo Holler, o secretário municipal de obras, Ruberlei Santiago, esteve presente no evento, mas ficou por pouco tempo. 
 
Foto: Assessoria
A segunda testemunha ouvida foi o Diretor Administrativo do Foz Futebol Clube, Arif Osman. Conforme denúncias, o dinheiro arrecadado no bazar teria sido para uma reforma no estádio do ABC. “Nunca vi esse dinheiro. Eu e o Loli tivemos que dar cheques nossos para a reforma. Temos dívidas devido a isso”, afirmou. 

O último depoente desta manhã foi Jorge Dalmagro, Chefe de Depósito de Mercadorias Apreendidas da Receita Federal. Uma das questões mais questionadas pela Comissão era o curto tempo em que a entidade conseguiu as mercadorias, avaliadas em R$300 mil. “O Celso conseguiu todas as documentações em dezembro de 2008, como CNPJ válido e declaração de Utilidade Pública, e protocolou o pedido. O Projeto de revitalização do Horto Municipal – onde estava instalada a Associação Plena Paz – era muito bem feito, não tinha como negar ajuda”. Dalmagro explicou que, após analise documental, quem libera a doação é a superintendência da Receita Federal em Curitiba. “Se algumas entidades ficam um ano na espera, é porque falta documentação ou porque o Projeto não está bom”. 

Em fevereiro, continuou o depoente, o Presidente da entidade foi retirar a mercadoria. Conforme outros depoimentos, algumas caixas não continham os produtos que deveriam. “O lacre da Receita só é colocado quando a mercadoria é apreendida, depois é só colocado uma fita, que pode ser facilmente trocada. Todas as caixas são conferidas e relacionadas e na destinação, são conferidas novamente por quem recebe. Mas, nesse caso, o Celso disse que não precisava”, ressaltou. 
 
A Plena Paz tinha também conseguido um veiculo, (Van), doada pela RF, mas não se sabe o que foi feito dela. “Não conseguimos localizar o Celso. Acho que é um caso de polícia”. 
 
Dalmagro se declarou vítima, bem como a Receita Federal. “Na minha análise, o Celso foi usado, mas porque quis, ele falou isso. Então, não sei até que ponto uma pessoa assim tem credibilidade”. 
 
A Comissão continuará com trabalhos ainda essa semana. Na sexta-feira, 22, mais um depoente será ouvido na Câmara Municipal.
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