Após um dia de palestras e apresentações de trabalhos voltados à segurança da barragem feitos pelos profissionais de Itaipu, os integrantes do Board de Consultores Civis foram acompanhados pelos engenheiros do quadro próprio da usina, os 20 especialistas visitaram os locais da barragem selecionados para, posteriormente, emitir pareceres. Em foco, possíveis condições inesperadas.
O primeiro ponto visitado foi o vão entre os blocos D20 a D40, onde houve um aumento da subpressão nas fundações dos blocos de contraforte que formam a barragem. “É uma variação que não oferece risco, mas que é inesperada e estamos tentando compreendê-la melhor”, explicou Cláudio Porchetto Neves, gerente da divisão de Engenharia Civil e Arquitetura (ENCC.DT).
A alteração foi verificada por meio das inspeções dos piezômetros, aparelhos que, conforme explicou a engenheira Josiele Patias (ENCC.DT), consistem em “tubos abertos que medem a pressão de água em determinado ponto da fundação”. Esses aparelhos são verificados periodicamente por técnicos da Divisão de Obras Civis (SOCC.DT), que passam relatórios à equipe da ENCC. São esses relatórios, mais as análises da equipe da ENCC, que passam pela avaliação dos consultores do Board.
Por fim, no túnel de drenagem, os especialistas conferiram o estado das rochas. Para Nelson de Sousa Pinto, chairman do grupo e responsável pelos estudos do modelo hidráulico do vertedouro, a situação está normal. “Depois de 28 anos, era esperado que houvesse alguma modificação, mas a barragem continua completamente segura”, garantiu.
