Audiência pública aconteceu na quarta-feira (2) na Câmara Municipal. Participaram políticos, ambientalistas, representantes da Acifi, da Itaipu Binacional, da prefeitura e dos catadores de materiais recicláveis.
| Foto: Assessoria |
 |
| A audiência contou com a presença de líderes políticos, e sociedade civil organizada |
A indicação foi do vereador Zé Carlos (PMN), e permitiu o esclarecimento de pontos importantes do serviço de coleta, transporte e disposição adequada do lixo em Foz do Iguaçu.
Atualmente são recolhidas em média 7 mil toneladas de lixo por mês na cidade. Destas, 30% são materiais recicláveis transformados em renda pelos catadores.
A coleta seletiva feita pela Cooperativa dos Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu – COAAFI – recolhe em média 141 toneladas por mês, um número muito abaixo da expectativa da presidente da entidade, Viviane Mertig.
Mertig diz que “a meta é atingir mais de 2 mil toneladas/mês, mas para isso é necessário reestruturar a categoria. A lista de cooperados reduziu mais da metade nos últimos quatro anos, de 247 para 100 trabalhadores, e a renda dessas famílias também caiu, pois falta motivação e incentivo da prefeitura", afirmou.
A presidente defendeu ainda uma remuneração aos catadores que deve ser paga pelo município para assumir o gerenciamento do serviço de coleta seletiva do lixo. Atualmente a cooperativa possui oito barracões e um caminhão, porém pretende ampliar a estrutura.
O diretor do departamento de coleta seletiva da secretaria do meio ambiente, Marco Aurélio Alexandre, demonstrou preocupação com a vida útil do aterro sanitário. "Mais de 80% dos recicláveis estão indo para o aterro, estamos com um problema sério nesse setor".
De acordo com o representante da ARAFOZ – Associação dos recicladores ambientais de Foz do Iguaçu – Claudemir Gomes das Neves, os autônomos representam a maioria na coleta seletiva, atualmente são mais de 800 catadores.
Durante a audiência pública, também foram sugeridas campanhas de conscientização ambiental sobre a separação do lixo doméstico. Outro tema bastante discutido foi o valor e a forma de cobrança da taxa de lixo.
O diretor executivo da Acifi, Dimas Bragagnolo e o ambientalista André Alliana defenderam a implantação do PGRS- Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, como a forma mais justa para a base de cálculo do município.
O vereador Carlos Juliano Budel (PSDB) sugeriu ao Executivo a reativação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A indicação será proposta pelo vereador na Câmara Municipal, através de requerimento.
Prazo Vencido – O vereador Sérgio Beltrame questionou o longo prazo de vigência dos contratos do Município com as empresas gestoras e citou o caso da Sanepar, cujo contrato de 30 anos venceu no mês passado. Há dez anos, a empresa Vital administra o serviço de limpeza pública em Foz do Iguaçu, em outubro haverá uma nova licitação.
