Cerca de 40 mil adolescentes paranaenses já receberam a primeira dose da vacina contra o HPV. A vacinação, que teve início em 10 de março, é dirigida a meninas de 11 a 13 anos e a meta é vacinar 260 mil adolescentes em 2014, no Estado.
“O número de meninas vacinadas até agora deve ser muito maior, pois os municípios estão vacinando e ainda não registraram todos os dados no sistema do Programa Nacional de Imunização”, explica João Luís Crivellaro, coordenador do Programa Estadual de Imunização da secretaria estadual da Saúde.
A vacina protege contra o papilomavírus humano (HPV), responsável por 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo o mundo. A doença é a terceira principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil.
Após a primeira dose, as adolescentes vacinadas devem voltar à unidade de saúde para a 2ª dose depois de seis meses. Cinco anos após a 1ª dose, elas devem receber a 3ª dose, garantindo a imunização eficaz e duradoura. Em 2015, serão vacinadas meninas de 9 a 11 anos de idade.
Papanicolau – Além da vacina contra o HPV, a prevenção do câncer de colo de útero pode ser feita com o uso de preservativos e com a realização de exames preventivos. Em 2013, o Governo do Paraná distribuiu aos municípios 790 mil kits para realização do papanicolau, exame que detecta o câncer de colo do útero causado pelo HPV.
Aproximadamente, 715 mil exames foram realizados no ano passado e, para 2014, o objetivo é fazer com que esse número aumente, ao alertar a população sobre a necessidade da prevenção. O papanicolau é um exame preventivo simples que consiste na coleta de material do colo uterino e pode ser feito por mulheres de todas as idades que têm ou já tiveram vida sexual ativa, principalmente entre 25 e 64 anos.
O exame serve para identificar lesões causadas pelo HPV que acontecem antes do quadro evoluir para um tumor, pois, quando tratadas, é possível prevenir o câncer. De acordo com a superintendente de Atenção à Saúde, Márcia Huçulak, “a realização periódica do exame preventivo permite reduzir substancialmente a mortalidade por câncer do colo do útero”, explica.
Márcia destacou a necessidade de incentivar mulheres que moram em áreas rurais ou de difícil acesso a procurar a unidade de saúde e realizar o exame, além de orientar que todas saibam qual foi o resultado. “Tão importante quanto realizar o papanicolau é buscar o resultado e receber orientação da equipe de saúde”, ressaltou.
Prevenção – Nos casos de mulheres com vida sexual ativa, o uso do preservativo ainda é a melhor alternativa para se evitar a contaminação pelo HPV, uma vez que a vacina contra o HPV é destinada apenas para meninas de 11 a 13 anos. Segundo o médico da Secretaria de Estado da Saúde, Vinícius Budel, é bom deixar claro que a prevenção do câncer do colo do útero pode ser feita com o sexo seguro e com o uso de preservativo (camisinha) para evitar o contágio pelo HPV.
Embora existam exames e vacinas, diminuir o risco de contágio ajuda bastante tanto na prevenção desse tipo de câncer quanto das demais doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, por exemplo.