Adilamar Kunzler, 50 anos. Aos olhos de muitos uma pessoa normal, porém a paixão e a dedicação para uma causa especial a torna diferente.
Kunzler conta que nunca poderia imaginar que uma simples viagem faria com que ela fosse parar em uma cadeira de rodas. Mas a persistência, fé, muito esforço e coragem possibilitaram uma boa recuperação. Hoje a cadeira de rodas só permanece na memória, mas também no círculo de amizades, pois é rodeada de pessoas que apresentam certa “deficiência física”.
Fotos: UDF |
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A ONG apresenta tratamento de fisioterapia em parceria com instituição de ensino superior de Foz do Iguaçu |
“O ônibus capotou e fraturei minha coluna, foi preciso fazer um enxerto da bacia para refazer a minha vértebra. Mas foi o acidente que fez com que me dedicasse a essa causa. Vi que com ajuda das pessoas é mais rápido a recuperação e até mesmo a aceitação da dificuldade”, explica Adilamar. Ela conta isso porque foi no período que estava na cadeira de rodas que uma promessa fez mudar totalmente sua vida. “Os médicos falavam que eu nunca voltaria a andar, mas eu disse ‘Se eu voltar a andar dedicarei a minha vida aos deficientes físicos”. E foi isso que ela fez. Há 15 anos, ela fundou uma organização não governamental (ONG), a União dos Deficientes Físicos de Foz do Iguaçu (UDF), que mantêm parceria com diversas instituições, oferecendo fisioterapia, acompanhamento psico social, lazer e esporte aos deficientes.
São mais de 100 pessoas cadastradas na UDF. “Somente 10% delas nasceram com alguma dificuldade a maioria das pessoas contraíram com um acidente, por exemplo. Por isso é tão importante as pessoas prestarem mais atenção à esta causa, porque ninguém está longe de vivenciar esta experiência”, conta Kunzler.
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Integrantes do Rotary Club com a presidente da UDF, Adilamar Kunzler |
Exemplos – Prova da dedicação dos deficientes a UDF mantêm um time de basket especial. São formados somente por cadeirantes apaixonados pelo esporte. No último campeonato estadual a medalha de prata brilhou no peito dos atletas.
Contudo, a ONG tem certas dificuldades, pois não recebe dinheiro do município e do governo. Somente se mantém de doação e recursos próprios. A presidente não descarta a ajuda dos parceiros. “A Uniamérica com os cursos de enfermagem e fisioterapia, o Rotary Club com o banco de cadeira de rodas, e outras pessoas que se dedicam nesta causa”, diz. Outro desafio é vencer o preconceito. “Ainda existe muito preconceito, até mesmo na família os deficientes são discriminados”, conta a presidente da instituição.
SERVIÇO
Avenida Mário Filho, 103 Morumbi II
Atendimento: 7h30 às 12h e das 14h às 18h, de segunda a sexta-feira
Telefones: (45) 3578-2384, 9976-1419 (Dila) e 3525-0853 (Ana)