A reforma dos três blocos do Parque Tecnológico de Itaipu que vão abrigar provisoriamente a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) já está quase concluída. Um dos blocos deve ser entregue nos próximos dez dias. Os outros devem ficar prontos até o final de julho.
Os blocos 3 (foto), 4 e 9 eram usados como moradia dos barrageiros na época da construção de Itaipu. Assim como em todo o PTI, o antigo dá lugar ao moderno e, até que tenha seu campus construído, a Unila também vai se abrigar por ali.
Os prédios vão ser usados pela administração, salas de aula e uma parte para abrigar os serviços terceirizados, que também servirão ao PTI. Após a construção do campus da Unila, o PTI vai usar o espaço para futuros projetos ou para ampliação de atuais, como a Universidade Aberta do Brasil, a Universidade Corporativa de Itaipu e novos cursos da Unioeste.
As obras estão mais avançadas no bloco 4, o prédio administrativo da futura universidade. Foram derrubadas todas as paredes internas e feita uma reforma completa. “Só aproveitamos as paredes externas e o telhado”, explica o engenheiro civil Reinaldo Mattos Vieira, que trabalhou em Itaipu de 1978 a 2007 e agora presta serviços. Segundo ele, foi preciso reforçar a estrutura, já que as paredes internas foram derrubadas. O prédio ganhou demãos de massa e tinta e teve o forro e o piso trocados. As janelas foram trocadas por novas, de vidro, mas mantendo a posição a original. Os banheiros foram reconstruídos.
Os blocos atendem a alguns conceitos de sustentabilidade, explica o gerente de Infraestrutura do PTI, José Luiz Dias. Foi criado um sistema de captação de água pluvial que, após ser testado no bloco da Unila, será levado a outros do PTI. As janelas também aproveitam melhor a luz externa e há um manto térmico no telhado, para conservar a temperatura.
Bloco número 1 – O PTI vai ganhar uma nova cara até o fim do ano. O bloco número 1, o último a ser reformado, vai abrigar a futura biblioteca do parque. Com os prédios da Unila e do PTI, será difícil afirmar que o espaço um dia foi usado por barrageiros. Mas, para preservar a memória, o bloco 8, embora tenha a parte externa com as cores da modernidade, guarda seu interior preservado. Além das divisões dos antigos quartos, os grafites do barrageiro paraguaio Romildo ainda estão lá.