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Foz: os terrenos vazios na área central e o desenvolvimento da cidade

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Amigos,
hoje quero, em poucos parágrafos, compartilhar com vocês minha reflexão referente a uma discussão que há muito tempo vamos deixando de lado em Foz do Iguaçu, um pouco por estarmos envolvidos em outros problemas mais agudos (como transporte, segurança, saúde, etc) e um pouco, também, pelo receio que sempre tivemos dos proprietários desses imóveis, geralmente nossos patrões, mas acredito que seja o momento de enfrentarmos essa questão crônica, não com um viés de revolução social, mas como algo fundamental para o desenvolvimento de nossa cidade.

Pensemos assim: um terreno vazio na área central serve, só e somente só à especulação imobiliária. Representa um espaço vazio circunscrito em uma área de grande infraestrutura, com serviços, transportes, supermercados, pistas de caminhada, etc. Nesses imóveis, poderiam estar morando, calculo, mais de uma dezena de iguaçuenses que, em função da proximidade com seus locais de trabalho e estudo, deixariam de utilizar o carro em parte de seus deslocamentos e ganhariam tempo e qualidade de vida.
 

Quando não ocupamos as áreas centrais da cidade, forçamos um crescimento das áreas de periferia, onde, geralmente, não há estrutura ou, quando há, geralmente é não é suficiente ou não foi dimensionada para expansão. Assim, o poder público – e nós, como contribuintes – tem que pagar uma conta alta em levar serviços para essas novas áreas, enquanto o que já está pronto fica subutilizado.

Outro aspecto relevante é que estes terrenos baldio são focos de violência ou de insegurança.

O que fazer então?

A primeira ação é taxar esses imóveis. O IPTU progressivo, existente em várias cidades do país, é uma saída a médio prazo. Ele não onera o proprietário de imediato, mas dá a ele um prazo legal (que pode ser alguns anos) para dar um uso ao imóvel. Caso isso não ocorra, seu IPTU começa a subir anualmente, até que se torne inviável manter o imóvel desocupado e, assim, force sua utilização como comércio ou moradia. Além disso, um adensamento da área central poderia ser feito com a construção de mais prédios e o maior controle na aprovação de edificações baixas ou somente comerciais num determinado perímetro do Centro de Foz.

Agora, muito do que falo acima já é previsto de ocorrer na cidade, há tempos, mas falta vontade política. Uma verdadeira ação de controle urbano deve ir além de um Governo, de um Prefeito, deve ser uma ação da cidade, um compromisso de todos.

Precisamos vencer o medo de enfrentar os problemas. Somente assim vamos construir uma Foz do Iguaçu mais justa e mais igual, um lugar melhor pra se viver.

 


 

* Luiz Henrique Dias é escritor. Leia mais em luizhenriquedias.com.br ou siga ele no twitter: @LuizHDias 

 

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