Tal projeto, defendido pelo prefeito Paulo Mac Donald Ghisi, consiste na realização de um show noturno de som e luzes, com projeção de figuras a laser no véu branco das quedas e trilha sonora narrando histórias como a Lenda das Cataratas, em espetáculo que teria duração aproximada de 10 minutos.
A argumentação de Mac Donald, à época da apresentação do projeto (ressuscitado em setembro de 2009), era de que o impacto ambiental seria mínimo, uma vez que o período de iluminação seria curto e a trilha sonora seria transmitida mediante o uso de fones individuais para cada turista.
A imagem acima, veiculada originalmente no site da prefeitura de Foz do Iguaçu, para simular como seria uma das cenas do show noturno, gerou imediata reação por parte de ambientalistas e representantes do setor turístico do lado argentino da fronteira, que expressaram seu rechaço à mirabolante ideia.
Entre os argumentos utilizados, além dos impactos visuais e ambientais em um local onde a prioridade deve ser o ecossistema, está o próprio “gosto duvidoso” da atração, que iria na contramão da imagem de destino natural apregoada por Foz do Iguaçu e sua vizinha Puerto Iguazú.
“Bastaria tomar como contraste o estado atual das Cataratas do Niágara, na América do norte, onde o artificial avassalou o natural”, pontualiza o portal argentino.
Atualmente, as únicas atividades noturnas permitidas na área protegida são a realização de visitas por parte de turistas hospedados no Hotel das Cataratas e, uma vez por mês, o “luau” que reúne em torno de 250 visitantes para conhecer a paisagem iluminada apenas pela luz branca da lua.